Por Léo Pinheiro
“Mas tem que dançar,
dançando”
É a minha
primeira postagem no blog e venho pra falar de um artista que esteve presente
no radio/dvd em todas as minhas manhãs de domingo aqui em casa. Neste mês de
março um dos maiores nomes da nossa música completou – segundo ele afirma – 68
anos. Jorge Duílio Lima Meneses, antes Jorge Ben, agora, pra evitar confusões
com George Benson, é Jorge Ben Jor. Nascido em Madureira, no subúrbio carioca,
e criado no Rio Comprido, Jorge é um dos artistas mais singulares da história
da música popular brasileira.
Autodidata, ele surgiu num momento em que a Jovem Guarda e o samba dominavam o país, e a Bossa Nova conquistava o mundo. Apresentava-se no clássico e famigerado “Beco das Garrafas”, um dos antros da boemia carioca e lá apresentou seu primeiro grande sucesso, “Mas Que Nada”. A representação de toda a sua música está nessa canção. A batida diferente, a voz, os componentes da cultura negra – Como o famoso “ôôô” do início e refrão desta música – o destacaram dos demais sucessos da época. Era respeitado por ambos os grupos, tanto sambistas quanto os “rebeldes” da Jovem Guarda, tão respeitado que frequentava os programas de samba e da Jovem Guarda na TV. Algo que, teoricamente, era impossível.
Assim como
todo grande músico brasileiro, na década de 70 envolveu-se com esoterismo e
ocultismo e esta fase é disparada a melhor fase de sua carreira. Os discos
“Tábua da Esmeralda”, “Solta o Pavão” e “África Brasil”, apesar de não terem
sucesso comercial, figuram entre os maiores discos já feitos da música
nacional.
Considerado
por muitos como um poeta das letras simples, poucos conseguem enxergar a
profundidade das letras e melodia. Vide o exemplo de “As Rosas Eram Todas
Amarelas” do álbum “Ben” de 72. Jorge, à primeira vista, começa a falar coisas
desconexas, mas que na verdade são livros do escritor russo Fiodor Dostoievski
e sua interpretação sobre sua obra.
Simples.
Genial. Revolucionário. Único. Todos esses adjetivos podem descrever Ben e sua
obra. Possui a cara do Brasil, malandro, cheio de gingado, amante do futebol e
do Flamengo – Você com certeza conhece e já cantou Fio Maravilha e Umbabarauma
– cheio de fé, devoto de São Jorge a quem dedicou duas músicas... É inegável a
sua influência na música nacional atual. É só reparar no furor que o grupo
Monobloco causa no público quando toca o mítico pot-pourri de “Taj-Mahal/Fio
Maravilha/País Tropical”.
Jorge Ben Jor, em foto de 1972, completa 50 anos de carreira em 2013 |
Neste ano, 2013, Ben completa 50 anos de carreira e de lançamento do seu revolucionário
L.P, Samba Esquema Novo, que contém os clássicos “Mas Que Nada”, “Chove Chuva”
e “Por Causa de você menina”. O Couvert Artístico não deixará essa data passar
em branco e se eu fosse você não deixaria de ficar ligado aqui e em nossa
página, pois pode ter certeza que virá coisa boa por aí... Eu ouvi "promoção"?
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